O Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC), promoveu na manhã desta sexta-feira, 12 de julho, o primeiro reencontro do projeto ‘Recordar é Viver’. O evento que faz parte da missão de humanização e das comemorações dos 20 anos da instituição, ocorreu no Oratório de Bebé. Na ocasião, estiveram presentes ex-acolhidos que foram curados, familiares que perderam seus filhos, voluntários e parceiros.
A gerente geral do GACC, Ulla Ribeiro, falou da alegria de realizar o projeto “Recordar é Viver”. “Este foi um momento esperado e muito feliz, porque reencontramos tantas pessoas queridas. Pudemos recordar momentos e abraçar aquelas crianças que hoje se tornaram jovens e adultos. Encontramos também alguns pais que perderam seus filhos, mas que fizeram questão de estar presente neste dia”, explicou.
O reencontro é mais um dia para guardar na memória de todos que fazem parte do GACC. A cada chegada de um ex-acolhido, abraços apertados e muita emoção se espalhavam pelo local. Após a recepção, a programação começou com boas vindas e oração e seguiu durante a manhã se estendendo até o início da tarde com várias apresentações, a exemplo do vídeo book que mostrou através de fotos e músicas a luta de muitos que estavam presentes.
A diretora-presidente do Grupo de Apoio à Crianças com Câncer (GACC), Elenilda Novaes, disse estar emocionada pela realização do evento. “Este é um momento muito feliz para todos que fazem parte da equipe do GACC, foi um dia de rever esses jovens que lutaram bravamente e fizeram parte da história da nossa unidade, também pudemos ver os pais daqueles que se foram. Muitas emoções foram vividas aqui, foi muito bom fazer parte deste evento”, disse.
O Grupo de Apoio à Criança com Câncer de Sergipe foi criado no dia 21 de outubro de 1999, graças à iniciativa de Lygia Ribeiro e suas filhas, com o objetivo de melhorar a difícil realidade vivida por crianças e adolescentes com câncer no estado. A fundadora Lygia Ribeiro contou como surgiu a ideia de criar o Grupo. “A vontade sobreveio por presenciar a luta da minha mãe contra o câncer, eu já realizava um trabalho voluntário no cirurgia, até que um dia minhas filhas também foram ser voluntárias no hospital e começaram a ter contato com crianças com câncer, de repente minha casa estava cheia, foi ai que surgiu a vontade de criar o Grupo. Nosso sonho agora é conseguir a sede, esse reencontro é muito importante para história da instituição”, contou.
Durante o reencontro, os jovens que há anos lutaram contra o câncer, tiveram a oportunidade de relembrar do acolhimento feito pela fundação, e contaram também como deram sequência aos projetos de vida após o tratamento. O ex-acolhido do GACC, José Jairo Santana, contou emocionando a importância da instituição durante seu tratamento. “O GACC foi um dos fatores principais para minha recuperação, por ser do interior da Bahia, a gente não tinha condições de se manter em Aracaju, éramos de família humilde. Na época, eu tinha apenas 10 anos de idade,” falou.
José Jairo comentou ainda que foi um dos primeiros assistidos. “Há 19 anos, fui um dos primeiros atendidos pelo GACC. Tive todo apoio necessário, além de hospedagem, alimentação, passagem, cesta básica, exames, remédios e tantas outras coisas. Os voluntários me animavam, me colocavam para frente. Naquela época, eu precisava de pessoas que me apoiassem, e através do Grupo eu conseguir ficar firme. O Fred e a Ulla foram pessoas especiais durante minha luta, mas até hoje eles fazem parte da minha vida. Ter a chance de reencontrar todas essas pessoas 19 anos depois é um momento muito especial e emocionante”, pontuou.
Ainda durante o evento, familiares que perderam os filhos na luta contra o câncer também deram depoimentos e falaram sobre a sensação de rever as equipes. A dona de casa, Naiara Souza, ressaltou a felicidade estar presente no reencontro. “Estou muito feliz em fazer parte deste momento de alegria. Infelizmente, meu filho se foi, mas o GAAC foi essencial durante a luta contra a doença. Fomos encaminhados através do Huse e ficamos três meses recebendo todo o apoio do GACC, reencontrar essa equipe (família) é gratificante, eles estiveram comigo no momento mais difícil da minha vida”, ressaltou.
Para a voluntária há 18 anos, Francisca Melo, o Grupo foi um divisor de águas na sua vida e o reencontro trouxe à tona diversos sentimentos. “O GACC é onde a gente se torna mais humano, aprende a lidar com os nossos sentimentos e com a dor do próximo. Esse reencontro foi um misto de sentimentos, a emoção de rever pessoas que já não tínhamos convívio há algum tempo, pelo fato dos filhos já estarem curados e outros pelos filhos já terem partido, é uma sensação de rever aqueles sentimentos todos, momentos de alegrias durante a saída e tristezas daqueles que partiram. Esse momento foi lindo, é muito bom saber que influenciamos de maneira positiva na vida de cada um”, afirmou.
O reencontro foi um grande sucesso, o GACC se orgulha de todas as ações realizadas e pretende fazer muito mais. A instituição necessita permanentemente de recursos, de associados mantenedores, de parceiros e voluntários para oferecer um tratamento cada vez melhor, lutando pelo diagnóstico precoce em busca de uma porcentagem de cura cada vez maior.
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