Expressando o carinho e reconhecimento que o Grupo de Apoio à Criança com Câncer de Sergipe (GACC/SE), representa em sua vida, a profissional em administração, Maria Patrícia Miranda de Jesus, de 28 anos, tornou-se voluntária da instituição há oito meses, e enfatizou que tem uma enorme satisfação em fazer parte dessa outra família.

Maria Patrícia se reuniu na manhã de hoje (13), juntamente com outros voluntários na Brinquedoteca da instituição, para a gravação de um vídeo de conclusão da Pós-graduação do curso de Gestão de Pessoas e Psicologia Organizacional, da Faculdade Amadeus (FAMA), com o tema "O terceiro Setor", onde mostrará depoimentos de alguns voluntários, inclusive o dela.

A baiana da cidade de Valença, está inserida no projeto “Cultivando Vidas”, e se comoveu bastante com os testemunhos de alguns voluntários, e de contar o motivo principal de ter se tornado voluntária do GACC, que foi a perda do pai.

Como cada ser humano passa por certos momentos de superação, a voluntária foi guerreira e esteve sempre ao lado do pai, que era alcoólatra, visando que o amor é o maior sentimento que incentiva a melhora de quem gostamos. Ela o acompanhava constantemente nos Alcoólicos Anônimos (AA), e não media esforços para ajudá-lo.

“Meu pai era alcoólatra e durante dezesseis anos ele participou do AA em Valença (BA), onde contribuímos e unimos as crianças, que também eram filhos de alcoólatras, e construíamos peças de teatro, grupos de danças, cujo objetivo era de trazer as famílias para mais perto de seus entes que precisavam de recuperação. Nos aniversários, nós contribuíamos para mostrar à nossa cidade o que estava sendo realizado, e a transformação que estava sendo gerada principalmente naquele bairro, que se chamava ‘Bolívia’. E em 2014, quando eu vim para Aracaju, meu pai veio a falecer, então eu precisava ocupar o meu tempo com alguma atividade, pois sentia essa necessidade de estar ajudando o próximo. Foi quando eu conheci o GACC e me entreguei a esse trabalho maravilhoso, de grande importância e transparência, onde me sinto acolhida de maneira que nós recebemos, mais do que damos à todas as crianças”, declarou Maria Patrícia.