Percebendo a deficiência que algumas pessoas têm em relação a receber doação de sangue, e deste ato, ter uma significativa melhora em suas enfermidades, um ato de solidariedade foi prestado no Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), na última quarta-feira (20), pelo Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Estado de Sergipe (SINTRASE), que contou com mais de quinze voluntários no turno matutino, e com mais dez no turno vespertino.
De acordo com uma das diretoras do sindicato, Érica Leite Santana, atos como este, são realizados cotidianamente pela classe trabalhadora. “Atuamos em outras repartições, inclusive em outros municípios, realizando um trabalho para a sociedade em geral. Independente da greve vamos continuar com este projeto, para que possamos suprir essa deficiência de sangue em Sergipe”, concluiu.
Segundo Saadia Cristiane, que também é sindicalista, doar sangue deve ser uma medida tomada por todos. “É um tempo tão curto que vai fazer toda diferença para quem estiver precisando, e infelizmente mulher só pode doar de seis em seis meses”.
O trabalho de coleta de sangue também beneficiou a acolhida do Grupo de Apoio à criança com Câncer de Sergipe (GACC/SE), Rosielen de Jesus Santos de 09 anos, que devido a ajuda prestada, hoje já pode descansar em casa.
Doador frequente há 15 anos, o carpinteiro Marcelo Campos, relatou que se orgulha de poder doar. “Sei que já salvei muitas vidas com isso, e quero poder fazer mais. Chego a doar até quatro vezes por ano, pois sei o quanto isso é importante na vida das pessoas”.
Trabalhando no setor desde 2009, a gerente de coleta do HEMOSE, Florita Aquino, contou que existe uma demanda muito grande para pouca oferta.
Ela descreveu que a doação deve ser feita por pessoas saudáveis. Em alguns casos, o paciente não pode doar temporariamente, quando por exemplo, está em uso de medicamentos, está com alguma infecção ou tomou uma vacina recentemente. Existem também as inaptidões definitivas, como por exemplo, quando se tem uma convulsão e evidência de doenças sexualmente transmissíveis. “Nós distribuímos sangue não só na capital, mas para o Estado inteiro, então precisamos ter um estoque grande e carregado.”
Atualmente no HEMOSE, existe uma nova máquina para realização de aférese, técnica utilizada para separar componentes do sangue.
O jornalista, Gustavo Costa, doou sangue pela primeira vez na nova máquina, e acredita que doar sangue é um ato de amor ao próximo. “Resolvi ver com meus próprios olhos, como funciona essa nova técnica. Como é algo difícil encontrar pessoas adequadas para doar nela, resolvi aceitar o desafio, pois requer veias boas e um quadro saudável positivo.”
Sobre a máquina de Aférese - A máquina é mais compacta e leve, e tem apenas 20kg. Isso facilita o transporte para atender pacientes em leitos hospitalares, o que não era possível anteriormente. Esta nova técnica também possibilita que o doador apenas doe o necessário, sem ter que retirar elevadas quantidades de sangue.
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