Em comemoração ao Dia das Mães, o Grupo de Apoio a Criança com Câncer de Sergipe (Gacc-SE) realizou na manhã desta terça-feira, 12, uma programação educativa com palestra da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça para tratar sobre a Lei Maria da Penha e as consequências familiares da violência contra a mulher. A palestra foi ministrada por Heloísa Joana e Márcia, Assistentes Sociais da Coordenadoria. Mães e Pais de usuários da instituição participaram do evento, junto a equipe de colaboradores envolvidos.
Segundo Évila Tarlione, Assistente Social do Gacc, o tema é citado de forma recorrente pelas mães, já que muitas delas sofrem violência de diversos tipos: “Em virtude disso, nós pensamos em trazer essa palestra para que tanto elas quanto os pais aqui presentes tenham conhecimento sobre a Lei Maria da Penha, sobre as consequências da violência contra a mulher, além de ser uma forma de aproximar esses pais que costumam ser mais distantes durante o tratamento dos filhos”, conta.
Essa realidade já foi vivenciada por Alexandra dos Santos, mãe da usuária Rosália dos Santos. Ela chegou a ser agredida com uma faca pelo companheiro, fato que irá guardar na memória para o resto da vida. Para ela, o melhor caminho para mudar essa realidade é o diálogo e a informação: “A gente se sente presa por não conhecer nossos direitos e não entender da Lei”, conta Alexandra.
Para a ministrante Heloísa Joana é fundamental ter espaço nas instituições para realizar ações educativas dessa natureza, levando informações que podem melhorar o convívio familiar e a relação entre o homem e a mulher: “Muitas vezes as pessoas se concentram na questão da violência física, mas é importante trazer esses outros tipos de violência que muitas vezes as mulheres não conhecem, como o xingamento e o insulto”, explica.
Durante a palestra, foi abordado ainda a necessidade e o direito que as mulheres possuem de denunciar qualquer tipo de violência, sem deixar submeter-se a agressões físicas, verbais ou morais. Nesses casos, é recomendado que elas procurem auxílio na Delegacia: “Quando a mulher é violentada ela vai em busca do direito de viver sem a violência e o que nós esperamos é que as equipes das Delegacias estejam preparadas. O ideal é que o acolhimento a mulher que vai denunciar seja multidisciplinar, acompanhado por Assistentes Sociais, Psicólogos, para que elas possam se sentir amparadas nesse momento”, explica Heloísa.
O evento contou ainda com a distribuição de presentes para as mães, sorteio de brindes, apresentação das crianças que fazem parte do projeto “Aprender Brincando”, encerrando com o lanche ao final da manhã.
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