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Rafaela, mais uma vitoriosa na luta contra o câncer

Rafaela Santos da Silva completou 24 anos recentemente. Diagnosticada aos dois anos com retinoblastoma, câncer que atinge a retina ocular, ela é mais uma usuária a testemunhar os primeiros passos do Grupo de Apoio a Criança com Câncer de Sergipe.

A história de Rafaela se inicia com um engano: acreditavam que o seu problema no olho se tratava de catarata, o que a fez retornar ao médico apenas quando já se encontrava em um estágio bastante avançado. “Já fizeram a cirurgia nas pressas, porque tinha risco de passar para o outro olho se demorasse mais”, conta ela.

Foram dois anos de quimioterapia e radioterapia que resultaram na queda do cabelo, e apesar de ser muito pequena na época, Rafaela lembra de como foi difícil. “Que vergonha, até minhas primas ficavam perguntando ‘ô, tia, porque o cabelo dela cai?’, passavam a mão no meu cabelo e ele caia. Na rua meu chapeuzinho voava, era muita vergonha”.

Durante a fase que esteve internada no Hospital Cirurgia para fazer o tratamento, Rafaela quase não via os pais durante a semana. Eles precisavam trabalhar e ficar com os outros irmão pequenos e só no final de semana podiam vir lhe fazer companhia. “Quando algum dos dois ia visitar na semana tinha que me colocar para dormir porque senão eu não deixava ninguém ir embora, era um sofrimento”. Mas aos quatro anos, o sofrimento começou a ficar no passado e a cura foi confirmada alguns anos depois.

Apesar de seu tratamento ter sido realizado no hospital Cirurgia, foi no João Alves que conheceu o Grupo de Apoio a Criança com Câncer de Sergipe, que na época dava ainda os seus primeiros passos em uma casa no Bairro São José. Na época, com cerca de 10 anos, Rafaela já estava em processo de cura. “No começo acredito que só tinha Ulla, Fred e a família dela, depois o Gacc foi crescendo e se mudou do São José”, relembra. Foi com a ajuda do Gacc que Rafaela realizou a cirurgia para colocar a prótese no olho, mas por três vezes houve rejeição.  

Rafaela conta que o Gacc teve uma participação ainda mais especial em sua vida. Não só auxiliou no seu tratamento e fez parte do seu processo de cura, como lhe deu a oportunidade do seu primeiro emprego como ajudante no setor administrativo da instituição. Até hoje Rafaela permanece no Gacc, onde atua como recepcionista no telemarketing.

Recentemente, mais uma conquista: foi aprovada no vestibular da Fanese para Nutrição, que pretende cursar no período da noite para poder continuar trabalhando, ela que já é mãe de um menino de quase três anos.

Muita gente não acreditava na cura de Rafaela e ela se recorda de ouvir frases como “Essa daí só Deus, porque acho que não tem como não”. E é relembrando isso que ela deixa a seguinte mensagem: “Quem está passando por isso, eu digo que lute, porque nada para Deus é impossível...e também depende muito da força de vontade de querer viver”.

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